A preocupação com o outro começa a partir da consciência de si.
A empatia envolve compreender uma pessoa a partir do quadro de referencia dela. O oposto de empatia é alexitimia, do grego a – ausência, lexis – palavra e timia – emoção, ou seja, a dificuldade de expressar emoções. Já simpatia é a capacidade de causar emoção no outro.
A empatia tem um papel chave na retenção de talentos. Líderes que a têm estão sintonizadas com sutilezas na linguagem corporal, podem ouvir a mensagem sob as palavras faladas. Paulo Leminski, poeta e escritor curitibano, tem uma frase que expressa bem isso: enquanto eu falo preste atenção no que eu não digo.
É mais comum encontrar manifestações de empatia em ambiente de trabalhos colaborativos do que nos ambientes competitivos. Para os líderes ser empático vai além de entender os liderados, passa também por transmitir estados de ânimos para o melhor e para o pior. Permite compreender a composição emocional de sua equipe. É o contágio emocional na sua essência.
A missão número #1 de todo líder é desenvolver a sua equipe. Ao considerar os sentimentos dos outros no processo de ensinar, um líder consegue mais efetividade e também melhora capacidade de trabalhar com o erro da equipe – pois errar é algo comum no processo de ensino e aprendizagem e que se não for bem conduzido pode gerar apatia ou o medo de tentar.
E aqui vai uma dicaduka: escolha o tipo de pessoa que mais te incomoda ou causa repulsa. Primeiro, descreva um indivíduo típico que representa essa gente. Em seguida, busque “empatizar” com ele: especule sobre seu passado, sobre seu contexto atual, sobre suas necessidades e desejos. Demonstre compreensão para que possa aceitá-lo, o que não significa concordar com ele ou admirá-lo. Ao terminar a escrita, compare os termos usados nos dois textos: na descrição e na busca da empatia. Perceba os sentimentos que emanam do que foi escrito. Tome contato com seus próprios sentimentos: a busca da empatia causou algo em você?
Mochila nas costas e até a próxima trilha!